segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Natividade


ESTE ARTIGO DE OPINIÃO SAIU NO JORNAL QUOTIDIANO DE PONTA DELGADA, DIÁRIO DOS AÇORES, NO PASSADO DIA 2006.12.24


“As vitrines das lojas estão decoradas para a festa, com bolas douradas, pequenas árvores de Natal, lindos presentes. À noite, as ruas brilham com estrelas cadentes ou cometas. As árvores, nas calçadas, têm os ramos cobertos de luzinhas vermelhas, azuis ou brancas, criando nas ruas uma atmosfera mágica... Percebe-se a expectativa. Todos estão envolvidos...
Natal não é apenas uma recordação tradicional: o nascimento daquele menino há 200[6] anos... Natal é algo vivo! E não só nas igrejas, com os seus presépios, mas também entre as pessoas, devido ao clima de alegria, de amizade, de bondade que todo ano ele cria. Mesmo assim, ainda hoje, o mundo é assolado por enormes problemas: a pobreza e a fome, (...) dezenas de guerras, o terrorismo, o ódio entre etnias, mas também entre grupos e entre pessoas…
É necessário o Amor. É preciso que Jesus volte com potência. O Menino Jesus é sempre a imensa dádiva do Pai à humanidade, embora nem todos o reconheçam. Devemos oferecer também por eles o nosso agradecimento ao Pai. Temos que festejar o Natal e renovar a nossa fé no pequeno menino-Deus que veio para nos salvar, para criar uma nova família de irmãos unidos pelo amor; uma família que se estende sobre toda a Terra. Olhemos ao nosso redor...
Que este amor seja dirigido a todos, mas, de modo especial, a quem sofre, aos mais necessitados, aos que estão sós, aos que são excluídos, aos pequenos e aos doentes... Que a comunhão com eles, de afecto e de bens, faça resplandecer uma família de verdadeiros irmãos que festejam juntos o Natal e que vai mais além.
Quem poderá resistir à potência do amor? À luz do Natal, façamos alguma coisa, suscitemos acções concretas. Serão remédios para os males. Eles podem parecer pequenos, mas se forem utilizados em vasta escala, poderão ser uma luz e uma solução para os graves problemas do mundo.”
Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares

É Natal! Aleluia já nasceu o Prometido! Esta mensagem de Natal, de uma das personalidades mais carismáticas no seio dos movimentos da Igreja Católica e que tem envidado todos esforços pelo diálogo inter-religioso, Chiara Lubich, é bem clara no intento de se olhar o Natal com olhos menos pagãos e mais cristão.
É de assinalar que a indústria cinematográfica se tenha preocupado com questões religiosas, ligadas à figura de Jesus Cristo, como já havia acontecido com a película “Paixão de Cristo”, de Mel Gibson. Quando a moda é não se falar de Deus nas nossas sociedades e quando se defende a laicização dos Estados, o filme “O NASCIMENTO DE CRISTO”, de Catherine Hardwicke, vem enaltecer a figura de Cristo.
“O NASCIMENTO DE CRISTO” conta a extraordinária história de duas pessoas comuns, Maria e José, um amor profundo, uma milagrosa gravidez, uma árdua viagem e a revelação do nascimento de Jesus. O Rei Herodes reina com mão de ferro a cidade de Nazaré. É um tempo de luta e sofrimento; as taxas a pagar são elevadas, a pobreza predomina. Homens honrados são forçados a fazer coisas impensáveis para manter e assegurar a sobrevivência das suas famílias. Para assegurar a estabilidade da sua família, o pai de Maria, Joaquim decide casar a sua filha com um homem de honra com grandes qualidades, José. Honrando o seu pai, Maria aceita com agrado a sua decisão, sem saber que este destino a tornaria numa das mais importantes mulheres da história. A sua história é simples, mas representa o início da maior história alguma vez contada.
(Fonte: http://www.focolare.org/ , http://www.thenativitystory.com/ )
Concluindo: o Natal tem que ser mais vivido. Primeiro dentro de nós. E só depois para aqueles que mais necessitam. Um Santo Natal!

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